16/08/2021 18h42 - Atualizado em 22/05/2023 17h48

Três turistas estavam caminhando pela praia quando de repente foram surpreendidos por um tsunami. Um deles ajoelhou-se e começou a rezar. Outro não acreditou no que via e ficou paralisado. O terceiro correu e subiu em um prédio e lá ficou até o fenômeno natural acabar. Estes três perfis estão presentes na sociedade. 
O primeiro delega para Deus os seus problemas, ignorando que seu pedido não tem sentido e que Deus envia auxílio somente depois que o indivíduo fez tudo o que foi possível. A oração ajuda, nesses momentos, pois faz com que se eleve a frequência da energia mental e com isto receba boas inspirações. Mas a ação, nesse caso, tem de ocorrer simultaneamente. O segundo, com o emocional abalado, acredita que não tem jeito e não faz nada.
Uma boa parte das pessoas estão influenciadas, geralmente de forma inconsciente, por pessoas, circunstâncias, fatos e notícias. As realidades externas determinam o estado de espírito delas. Estão aprisionadas mentalmente.  
O sobrevivente que subiu no edifício é proativo. Quantos por cento da população é proativa? Estima-se em no máximo 20 %. O proativo antecipa ações necessárias, que consiste fazer o certo sem que lhe solicitam. 
Guimarães Rosa (1908 – 1967), escritor, diplomata, novelista, romancista, contista e médico brasileiro, afirmou em sua obra “Grande sertão: veredas” que “Viver é muito perigoso... Porque aprender a viver é que é o viver mesmo... Travessia perigosa, mas é a da vida.” A humanidade sempre buscou maneiras de se livrar das ameaças. Esquece que no mundo dual, onde há ameaça há sempre oportunidade. Geralmente obcecada por notícias negativas, a comunidade quer garantir segurança contínua. Na vida o perigo é constante para que a pessoa possa utilizar plenamente seus potenciais, visando superar as dificuldades. Em 1939, o presidente americano Franklin Roosevelt não titubeou quando recebeu uma carta assinada por Albert Einstein, alertando os Estados Unidos sobre um possível projeto alemão de construção de armas atômicas.  Imediatamente providenciou uma mobilização intensa com o Reino Unido e o Canadá, e os Estados Unidos lançou uma bomba atômica, em 1945, sobre a cidade japonesa de Hiroshima. A partir daí a paz conquistou um espaço maior. Nesta linha de raciocínio, no tocante a pandemia, em qual dos três personagens, mencionados acima, você se identificou?
De qualquer forma, neste momento histórico, estamos tendo oportunidades imensas para se desenvolver na proatividade. Exemplos:  auxiliar famílias que estão passando necessidades básicas; dar assistência a pessoas abaladas emocionalmente, considerando o terror feito por algumas mídias tradicionais sobre o vírus; e fazer orações para médicos, enfermeiros e autoridades para que coloquem o amor e a caridade acima de tudo. Viva a proatividade.