06/06/2017 16h14 - Atualizado em 06/06/2017 16h14

Como conduzir a vida de forma mais leve? Como ter mais paz no coração? Para responder estas questões é necessário revisarmos nossas crenças, que independente de sermos conscientes ou não delas, elas têm importantes influências sobre o que desejamos para nossas vidas. Mas, que crenças podem contribuir para orientar a vida conforme os desejos acima? Crença é o que uma pessoa acredita como uma verdade absoluta sobre algo específico. Para refletir: Segundo o filósofo Nietzsche “homens convictos são prisioneiros”. Recentemente, coordenei um recrutamento e seleção de uma empresa, e dentre os testes constava um exercício no qual todos os candidatos com os olhos vendados, cada um com um pedaço de barbante em mãos, deveriam, em equipe, montar um pentágono. Os propósitos desse exercício eram verificar proatividade (característica de quem busca identificar ou resolver os problemas com antecedência), criatividade e principalmente perseverança. Depois de um bom tempo e muitas tentativas, a maior parte dos candidatos havia desistido. Apenas dois rapazes ainda se mantinham no páreo. Até que um deles, denotando muita força de vontade, retira seu casaco e joga-o para bem longe e diz para si mesmo: “vou resolver este problema!”. Esse rapaz foi pra cima. Resultado: foi contratado e, depois de um curto espaço de tempo, foi promovido. Como é bonito ver gente esforçada. O esforço é a ignição para a solução. Mas, o que me chamou atenção foi que ao parabenizá-lo, ele me disse: “adoro aprender, não me preocupei um segundo se quer em vencer, eu só queria aprender, todo sorridente”. Fiquei com aquela fala na cabeça. Por outro lado, por volta de 1984, ouvi de um diretor de uma usina de açúcar e álcool: “Ao morrer, nós não levamos nada daqui. Levamos apenas aprendizagens”. Essas duas situações me fizeram levar um pouco mais a sério a ideia de desenvolver o espírito aprendiz. Ter esse espírito me ajudou muito, principalmente no autoperdão. Costumo dizer que hoje só acerto e aprendo. É lógico que erro, mas não considero como erro e sim como aprendizagem. Com isso, alguns erros marcantes do meu passado, que me aprisionavam, ressignifiquei-os e aprendi muito. Senti-me mais leve e livre. Hoje, tenho como crença considerar a vida como uma escola. Consequentemente, a moeda que mais busco é a da aprendizagem. Conforme os dias passam, mais acumulo esses bens imperecíveis. Só tenho de agradecer a Vida por essa riqueza gratuita. Thomas Edison quando disse que aprendeu muitas maneiras de como não fazer a lâmpada, demonstrou que tinha o espírito de aprendiz. Deixou claro que habilidades intelectuais podem ser desenvolvidas através do esforço. Concluo com isso que o eleitor brasileiro não errou em suas últimas votações. Apenas aprendeu a discernir o bem do mal. Que Deus abençoe o Brasil.