16/04/2018 12h49 - Atualizado em 16/04/2018 12h53

Por que algumas pessoas vencem na vida e outras não? Um dos motivos está na capacidade de tomar decisões corretas. Quando tínhamos mais tempo e o volume de dados essenciais a analisar em uma decisão era baixo, no máximo oito, era razoavelmente fácil decidir da melhor forma. Hoje, a realidade mudou e a quantidade de dados por decisão aumentou sensivelmente. Em alguns casos chega a ter mais de quarenta informações relevantes e percebe-se, nessa complexidade da vida moderna, que esse número cresce a cada dia. Vivenciamos, cada vez mais, excesso de informações e que provoca pensar muito e continuamente. Pode-se afirmar que, nesse caso, o excesso nos confunde. Com isso, sobrecarregamos a capacidade de atenção da mente. O que fazer?  Há mais de 2000 anos, como herança do pensamento grego, o modelo de conhecimento que temos no mundo ocidental é embasado pelo pensamento racional, que por sua vez demonstra ter limite em situação como essa. Temos dificuldades em ver a verdade. Considerando isso, a mente necessita delegar ao inconsciente parte do excesso de pensamento lógico. A saída para a escolha inteligente está na utilização da intuição, que por sinal é gratuita. Talvez seja por ser gratuita não é valorizada. A palavra intuição vem do latim intueri, que significa ver interiormente, considerar ou contemplar. Intuir é considerado outro sentido, além da visão, do olfato, da audição, do tato e do paladar. Pode-se dizer que a intuição é um sopro da alma, baseado nas vivências e informações escondidas no inconsciente. A intuição ocorre quando você tem a certeza de alguma coisa, mas não sabe explicar por que ou de onde ela veio.  É uma convicção inabalável. Ela é consistente e rápida. Ela pode aparecer através de sensações inexplicáveis, sonhos, emoções, sentimentos, insights ou de uma voz interna que diz ‘sim, é por aí’ ou ‘vai dar certo!’. Para desenvolvê-la  é necessário entender o nosso mundo interior, visando distinguir a intuição de desejos e receios.  Discernir o recado intuitivo exige liberdade à mente. Praticar o silêncio auxilia em muito essa comunicação interna. Thomas Edison, que respeitava muito a intuição, fez o seguinte comentário: “A surdez foi de grande valia para mim. Poupou-me o trabalho de ficar ouvindo grande quantidade de conversas inúteis e me ensinou a ouvir a voz interior”. Nessa mesma linha de raciocínio, Albert Einstein deixou a seguinte afirmação: “Há um salto da consciência, chamemos isso de intuição ou do que quer que seja, e a solução surge à sua frente sem que você saiba como e por que”. Para concluir, fica aqui trecho de uma carta do apóstolo Paulo aos Romanos: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente ....”.