12/09/2016 18h26 - Atualizado em 12/09/2016 18h29

O bem está presente no foro privilegiado regente no país? Está num Estado consciente que gasta mais do que recebe? Está presente no cabide de empregos das estatais?  Se for ver bem, o mal, com suas artimanhas, procura estar presente em quase todas as relações.  Não é de hoje que perguntas do tipo “como devo reagir ao mal e o que fazer para superá-lo?” não encontram respostas à altura. Aprofundando-se mais, percebe-se também que poucos assumem a sua responsabilidade diante do mal. Isso me faz lembrar de uma fala de Martin Luther King: “O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons.” Mas, antes de tudo, o mais importante é detectar o mal, considerando as suas novas faces, uma vez que ele não está parado. Uma das formas modernas de atuação do mal é através da distração, utilizando para isso o excesso de informações. Esse tipo de descuido e fadiga faz com que se perca o discernimento e a capacidade de se indignar.   Mas, não pára por aí as consequências: essa situação também gera dificuldades nas pessoas em se concentrar. Sem concentração, perde-se o controle dos pensamentos. Se você não consegue controlar os seus pensamentos, com certeza alguém controlará por você.   Outra estratégia do mal moderno é estimular a superficialidade. Isso ocorre quando procrastinamos a busca da verdade, geralmente por falta de tempo, não pensando e não perguntando o suficiente. Com isso, novamente ficamos sem o devido discernimento. Outro recurso que o mal utiliza é geração de medo coletivo. Exemplo:  uma minoria extremista, denominada Estado Islâmico,  hoje, influencia em demasia na forma de viver do europeu. É sabido que o medo exacerbado gera paralisia. Essas três estratégias ocorrendo simultaneamente potencializam a tal de ansiedade, que por sua vez gera desequilíbrios energéticos no corpo humano, atraindo ainda mais negatividades. Aldous Huxley,  escritor inglês (1894 a 1963), nos alertou que “a ditadura perfeita terá as aparências da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão.” Nessa linha de raciocínio, a distração, a superficialidade e o medo coletivo também funcionam como mecanismos de um sistema de prisão mental. Eis aqui velhas soluções para se libertar: Orar e vigiar os pensamentos e sentimentos; praticar meditação; ficar mais perto da natureza; ser amigo do tempo;  desintoxicar-se de informações desnecessárias;  perguntar mais; ao perceber que o medo está gerando disfunções, buscar ajuda com psicólogos. Conclui-se com isso que o triunfo do bem depende somente de nós. Só de nós.